Comissão aprova proibição de compra de armas de fogo por quem responde a processo de violência contra a mulher
Proposta será analisada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3874/23, do depuado Max Lemos (PDT-RJ), que proíbe a compra, a posse e o porte de armas de fogo e munições por pessoas com registro de agressão contra mulher em inquérito e processo judicial.
Pelas regras atuais, o interessado em comprar arma de fogo deve:
- ter mais de 25 anos;
- comprovar a necessidade da posse ou do porte de arma de fogo;
- comprovar sua idoneidade e a inexistência de inquérito policial ou processo criminal, por meio de certidões de antecedentes criminais das Justiças federal, estadual, distrital, militar e eleitoral.
Caso o detentor do porte de arma venha a responder ação penal ou inquérito policial que envolva violência doméstica e familiar contra a mulher, a norma determina que a arma seja apreendida imediatamente.
Prevenção
A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), defendeu a aprovação do texto. “Já sabemos que a arma será apreendida quando o indivíduo responder a processo ou inquérito por violência contra a mulher”, lembrou.
“Mas, e se não tiver arma e quiser comprar e, ao mesmo tempo, estiver respondendo a um inquérito e processo judicial?”, questionou. “A questão temporal e a visão preventiva são, aqui, muito importantes, devendo envolver o trabalho atento dos órgãos responsáveis pelas autorizações”, destacou a deputada.
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.