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05
Mar

Falta de vagas de estacionamento dificulta a rotina de advogados no Centro Judiciário de Curitiba

Os advogados que precisam comparecer a audiências no Centro Judiciário de Curitiba, no bairro Ahú, passam por um desafio diariamente: encontrar lugar para estacionar. Há poucas vagas reservadas para os profissionais e as alternativas nos arredores são limitadas. A OAB Paraná já solicitou à presidência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) providências sobre o assunto e aguarda uma deliberação.

Em reunião realizada no dia 19 de fevereiro, o presidente da seccional, Cássio Telles, propôs ao presidente do TJ-PR, Adalberto Xisto Pereira, a cessão de terreno localizado no local em comodato, já que praticamente não há alternativas de estacionamento na região.

Nas dependências do Centro Judiciário, há 11 vagas reservadas para a advocacia e, em um terreno anexo, mais 11 vagas. Segundo o departamento de engenharia do Tribunal, o estacionamento tem 225 vagas no total, sendo 11 para deficientes e 8 para idosos.

Rotina difícil

A advogada Marilea Cuelbas Souto relata que a dificuldade para estacionar atrapalha sua rotina de trabalho. “É uma falta de consideração. Com um espaço tão grande, poderiam ser disponibilizadas mais vagas para os profissionais. Quantos advogados passam por aqui diariamente?”, questiona.

A mesma batalha é vivenciada pelo advogado Rogério Nogueira. Ele conta que nem tenta mais estacionar no Centro Judiciário, pois nunca consegue. Dependendo do horário é difícil até mesmo conseguir vaga em estacionamento pago. Quando vai ao local, o advogado gasta pelo menos R$ 15 para estacionar. Um restaurante que fica na rua Anita Garibaldi, por exemplo, disponibiliza vagas nos horários em que não está aberto para seus próprios clientes. O valor cobrado é de, no mínimo, R$ 5 a cada meia hora, e varia conforme o tamanho do carro.

“Deveríamos ter mais vagas. Às vezes corremos o risco até de perder o horário por não conseguir estacionar”, aponta Nogueira, que já teve dificuldades para chegar a uma reunião com um juiz porque não conseguiu encontrar lugar para parar o carro.

Manoela da Rocha advoga nos juizados especiais e vai diversas vezes por semana ao local. Ela já desistiu de ir de carro; tem optado pelo Uber, por ônibus ou pega carona com algum conhecido. “É bem complicado, aqui o movimento é muito grande e todas as vagas ficam ocupadas nas ruas paralelas. Para conseguir estacionar, é preciso chegar cedo, 8h30 da manhã. Depois disso, já não tem mais lugar”, explica a advogada.

Na Sala dos Advogados do Fórum Criminal, os funcionários relatam que diariamente os profissionais falam sobre a dificuldade para estacionar, especialmente os idosos.

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